Não é de hoje que estampidos ferem de morte a políticos. Sem ser necessário causar a morte da vítima e/ou das, o estrago já está feito da hora em que o dedo indicador aciona o gatilho. Seja no coração, para entrar na história, ou na cabeça, para sair da história política, mas não das enciclopédias. Pois da hora que nascemos, somos registrados e usamos CPF, já era, não tem mais para onde correr, se esconder. Antes de completar o tiro de 100 metros o leão te pegará.
Fatos assim, remontam desde o início da República. Seja contra si mesmo, ou como o que fatidicamente tirou a vida do então governador da Paraíba, João Pessoa, naquele lugar onde deveria ser apenas de alegria, Confeitaria Glória, cidade do Recife, à época em que se podia dizer integralmente, "Cidade pacata, porém decente"; pacata deixou de ser, decente continua. Como sempre digo a uma amiga Janaina, pernambucana, nossos estados estão ligados pela história. “É mesmo amigo.”
Disparo deferido pelo Advogado João Dantas, por motivos passionais; resultando pelo seu companheiro de ideologia política, meu tio Coronel José Pereira de Lima, na seguinte frase: "Perdi o gosto da luta". Constada nos relatos históricos da política regional e nacional, tendo como parte do cenário político, o episódio da ‘Revolta de Princesa’. Que deflagrada em 1930 (com bandeira, hino e moeda, próprios) separou por seis meses a cidade de Princesa Isabel do restante do Brasil.
Nessa a seguir, ao contrário do normal, os States imitam as terras tupiniquins, da hora em que um atirador ceifa a vida do presidente americano John Kennedy. Não errando o alvo, muda todo um cenário político mundial, e por que não dizer cultural? Visto que aos dez anos de idade, em Guarabira, me perguntava do porque seu Zé Dantas, ter posto o nome de um dos seus filhos, meu amigo, de Kennedy. Com o passar do tempo, vamos tomando tento das coisas, que eram assunto só de gente grande.
Bem mais recente, tendo em vista que para a história, segundo meu amigo de Exército nos anos 2000, Major Lisboa: "Para o homem, vinte, trinta, quarenta anos é muito, mas para a história não é nada"; tivemos no ano de 1993, a tentativa de assassinato, pelo então governador Ronaldo Cunha Lima, do ex-governador da Paraíba, Tarcísio Burity; fato esse não consumado, E que graças a Deus, as mãos do poeta não sucumbiu a vida do professor, fundador do Espaço Cultural; vindo o mesmo a falecer dez anos depois de causas naturais. Se houve arrependimento do menestrel pelo ato? Eis o seu mais nobre verso, citado numa Carta Aberta: “Deus me permitiu receber perdão de meu adversário.”
Mas o alvejar de tiros continua. Agora tendo como pano de fundo, mais uma vez a terra dos Bang! Bang! Um atirador, não de elite (se fosse não teria errado), atenta contra a vida do candidato republicano Donald Trump. A bala perdida acerta quem nada tinha a ver, se é que nessas horas alguém tem de ser achado; e passa de raspão na orelha do ex-presidente, que de imediato se abaixa, e é protegido pelos agentes de segurança. Restará agora, como em todos os episódios semelhantes, as teorias da conspiração, sobre quem realmente é o culpado por esse ato insano.
Que tiro foi esse? Isso ainda é o eco do último. Mas é certo que outros virão. Tomara que também errôneos.
Charles Pereira
Pastor/Doutor em Teologia
Especialista em Direitos Humanos
Membro: Global Academy Of Letters
João Pessoa, 15/07/24, Inverno Brasileiro.
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