Não sou economista. O máximo que soube calcular, foi um problema passado pelo meu padrinho Dão. A época presidente da extinta COMTEPA. Quando uma pessoa saiu de casa com pouco dinheiro para ir a igreja. Pelo caminho, encontrou três pedintes, nas três vezes o dinheiro milagrosamente duplicou, ele deu dez reais a cada um, e no final, ficou sem nada. Com quanto ele saiu de casa? A conversa se deu no terraço da casa dele, numa manhã de comes e bebes com a diretoria da cooperativa. Demorei alguns minutos, mas resolvi a questão. Ele saiu com... Ahhh, assim fica fácil né?
O que não era nos dias dos governos militares, nada contra os de verde-oliva, mas apenas como forma de situar. Já via meu pai ficar chateado quando se falava em Delfim Netto. Era como se este fosse culpado por toda crise econômica pela qual passava o Brasil nos anos 70/80. Tinha até uma anedota que ele contava sobre uma mãe que colocará o nome do filho de Delfim Netto, e não deu muito certo. Não lembro mais. Só sei que eu riiiaaa...
Com o passar do tempo, veio a Constituição de 1988, e uma nova perspectiva de melhora para o país. Algo que nas palavras do expert em economia, tal abertura política iria custar muito caro ao Brasil; pois não estávamos preparados, talvez se referisse ao fraco poder de enfrentamento a Francisca Moura Imperial, que nos esgoelava. Mas, que mal pergunto... Quando então estaríamos?
Se os cálculos, as previsões, as profecias desse guru dos números, esteve certa, está certa ou estará certa, só o tempo tem o poder de dizer. A este ser invisível porém visível, nada foge a sua consequencial presença. Contudo, qual seja a resposta, prefiro ficar com a frase daquele que agora descansa em paz, até o dia da ressurreição: “Nós não temos competência para acabar com o Brasil. O Brasil vai sobreviver a todas as bobagens que nós fizermos”.
Charles Pereira
Pastor/Doutor em Teologia
Especialista em Direitos Humanos
Membro: Global Academy Of Letters
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