A ciência através da metodologia de estudo geológico, descobriu o fóssil de três animais, que ao mesmo tempo, tentavam devorar-se entre si e foram encontrados nessa composição, como resultado de uma ação catastrófica incomum. Fato que segundo os cientistas, evidenciam a veracidade da maior inundação que o mundo já viu, o dilúvio bíblico.
D’agora e guardada as devidas proporções, podemos observar isso acontecendo na extrema direita -bem entendido, extrema, e não direita- envolvendo aqueles que foram precursores de uma maneira de aparecer na política, que sem serem políticos de tradição, conseguiram chegar a um patamar e depois foram engolidos pelos seus discípulos.
Caso este como primeiro exemplo e acredito tenha sido o pontapé inicial, se deu com o João Dória, que através do seu jeito de ser, se comunicar; mostrando-se como empresário de sucesso, fez com que muitos sonhassem que poderiam chegar também no topo, e quem sabe até fazer parte do hall familiar dos sobrenomes que remetem a tradicional burguesia.
Mas daí na mesma linha, sucumbiu, engolido por Jair Bolsonaro, que da mesma forma claro, político experiente, soube pegar a brecha deixada por muitos, fazendo com mais ênfase -como se já não fossemos- adoradores da Bandeira e do Hino Nacional. Então, numa junção de Pátria, Deus e família conseguiu engoli-lo, se valendo de novo salvador da pátria.
Porém, como a autofagia não para, como são partes de um só corpo político, agora temos o Pablo Marçal, que está conseguindo aos poucos engolir o seu guru, que esperneia, não aceita, mas, é nítido que já se foram as pernas, parte do tronco, até o ponto de alcançar a cabeça. Será mais outro que de maneira radical, não convencional, arrotará satisfeito pela refeição conquistada.
Charles Pereira
Pastor/Doutor em Teologia
Especialista em Direitos Humanos
Membro: Global Academy Of Letters
João Pessoa, 05/09/24, Inverno Brasileiro.
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