A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil depois do resultado da eleição presidencial de 2022.
Esse é o terceiro indiciamento de Bolsonaro.
Leia abaixo sobre os inquéritos referentes à tentativa de golpe e aos outros dois em que o ex-presidente foi indiciado:
Plano golpista
A Polícia Federal investiga uma organização que planejava matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo era dar um golpe de Estado e manter Bolsonaro na Presidência.
Relatório da PF mostra que a organização, formada por quatro militares de alta patente e um policial federal, cogitou envenenar Lula e Moraes. Artefatos explosivos também foram considerados.
Na operação, a PF obteve mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro à época. Nas mensagens, Cid afirma que o então presidente estava sendo “pressionado” para dar um golpe por deputados e por alguns empresários do agronegócio.
O relatório da corporação concluiu que Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do plano golpista.
O depoimento de Mauro Cid foi o último para a Polícia Federal finalizar o inquérito que apura a trama golpista.
Em julho deste ano, a PF indiciou Bolsonaro no âmbito da investigação relacionada à venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.
O ex-presidente foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
A investigação apura se Bolsonaro e ex-assessores desviaram, do acervo presidencial, peças valiosas presenteadas a ele quando era presidente do país.
Fraude em cartão de vacina
A PF também indiciou Bolsonaro e Mauro Cid por participação em esquema de fraude em registro no cartão vacinal contra a Covid-19.
A corporação investiga a ação de uma associação criminosa que teria feito registros falsos de doses contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde para diversas pessoas.
Investigadores da PF afirmam que o ex-presidente se beneficiou do esquema de fraudes nos documentos.
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