Foi-se o tempo que boné só era motivo de piada pelo tamanho da cabeça de Joãozinho. Quando chegou em casa choroso porque os amiguinhos o estavam chamando de cabeção. Sua mãe pra contornar aquela situação: “É mentira meu filho. Tome, vá comprar melancia, coco, e jerimum”. “Eita! Posso levar meu carrinho de mão?”. “Não! Traga no seu bonezinho mesmo”. Risadas infantis.
A graça agora é séria. Parece que adultos voltaram a quinta série e estão disputando bonés, literalmente por todos os lados; direitos e esquerdos. A batalha está mais ferrenha do que os famosos embates entre os times de beisebol norte-americanos. O que por coincidência, tudo começou pela terra do Tio Sam. Como aqui de baixo se copia tudo lá de cima... Agora não poderia ser diferente.
Tomara Deus, que essa disputa limite-se ao campo das palavras escritas na altura da testa. Que não ultrapasse as fronteiras do que pode surgir de dentro das mentes em polvorosa. Que os bonezistas não substituam por capacetes; não queiram usar braceletes; nem se municiar de cassetetes. Que saudades das piadas somente do Joãozinho.
Charles Thon
Pastor/Doutor em Teologia
Especialista em Direitos Humanos
Membro: Global Academy Of Letters
João Pessoa, 04/02/25, Verão Brasileiro.
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