O preço do ovo de galinha disparou 15,39% em fevereiro, marcando a maior inflação mensal do produto desde o início do Plano Real, segundo dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira (12). A última vez que a alta foi tão expressiva ocorreu em junho de 1994, antes mesmo da entrada em circulação da moeda, quando o reajuste chegou a 56,41%.
O aumento no preço do ovo tem várias explicações. Entre os principais fatores, está a maior demanda com a volta às aulas, a intensificação das exportações devido à crise da gripe aviária nos Estados Unidos e os impactos das altas temperaturas na produção nacional.
A elevação do preço do ovo contribuiu para pressionar a inflação do grupo alimentação e bebidas no país, que subiu 0,70% no mês passado. Ainda assim, essa alta foi menor do que a registrada em janeiro (0,96%), devido à queda nos preços de outros alimentos como batata-inglesa (-4,10%), arroz (-1,61%) e leite longa vida (-1,04%).
Nos últimos 12 meses, o grupo de alimentação acumula inflação de 7%, a maior entre os nove segmentos do IPCA. A alta dos preços dos alimentos tem sido um dos desafios enfrentados pelo governo, que já anunciou medidas como a isenção da alíquota de importação para alguns produtos essenciais, incluindo carne, milho e açúcar, na tentativa de conter os aumentos.
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