O juiz Luiz Eduardo Souto, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, indeferiu nesta sexta-feira (21) o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do médico Fernando Cunha Lima, acusado de cometer crimes de pedofilia e estupro contra crianças durante atendimentos médicos.
Na decisão, o magistrado determinou a imediata transferência do médico para uma unidade prisional da capital paraibana, ressaltando a urgência da medida. Fernando Cunha Lima está preso preventivamente há cerca de duas semanas em uma cela isolada, por razões de segurança, e deve agora ser alocado em um dos presídios de regime fechado sob custódia do Estado.
A defesa alegou que o acusado sofre de comorbidades que exigiriam cuidados médicos específicos, mas o juiz pontuou que o sistema penitenciário da Paraíba possui estrutura suficiente para oferecer o tratamento adequado.
Fernando Cunha Lima é investigado por supostos abusos cometidos contra ao menos três pacientes menores de idade, com idades entre 6 e 10 anos, em consultórios particulares de João Pessoa. Os crimes teriam ocorrido durante consultas médicas de rotina. As denúncias vieram à tona após os relatos das crianças, que desencadearam investigações conduzidas pela Delegacia da Criança e do Adolescente.
A prisão preventiva foi decretada com base nos fortes indícios de autoria e materialidade dos crimes, além do risco de reiteração delitiva. O caso segue em segredo de justiça, mas gerou ampla repercussão e indignação na sociedade paraibana, especialmente entre entidades médicas e conselhos de proteção à infância.
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