O assessor de comunicação, cujo de sobrenome impronunciável, Fábio Wajgarten, (sei lá o quê?) perdeu uma boquinha mensal de 125 mil reais; porque cuidando para que seu patrão não falasse..., falou. E pior ainda, caiu na besteira de deixar registrado em nuvem. Demorou, mas a tempestade chegou.
Tendo falado daquilo que o coração está cheio, confirmou a sua predileção por Lula 2026, em detrimento da Michelle Bolsonaro. E cá pra nós, quantos do lado da direita também não preferem? Só não verbalizam. Em boca fechada não entra mosca, e nem nos ouvidos... “Tá demitido!”
Sempre falei que Bolsonaro pecou pelas palavras. Mito que é, comparado com o Messias, até no sobrenome, esse sim fácil de falar, não atentou para as escrituras que dizem. “O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias”. Provérbios 21:23. No popular: “Quem fala demais dá bom dia a cavalo”. E conforme o modo que fizer... Espere cedo ou tarde, o coice.
Se não se fala de corda em casa de enforcado; não se faz piada de aleijado em casa de paralítico; não se brinca de fantasma em casa de enlutados... Então, não se deveria falar de gripezinha em face de milhares de mortos pela Covid; nem menosprezar filhas mulheres num país de maioria feminina e jovem, muito menos zombar de gays num país que mais mata travestis.
Por isso, digo, repito e trepito, parafraseando Odorico Paraguaçu, que do contrário falava o que o povo queria ouvir. Lula não tirou nenhum voto de Bolsonaro, o que aconteceu foi: “Tome Lula, o voto dos indecisos é seu. Pode ficar com eles. São poucos mais de dois milhões, não me farão falta.”
Charles Thon
Pastor/Doutor em Teologia
Especialista em Direitos Humanos
Membro: Global Academy Of Letters
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