Raça Negra estreia no São João de Campina Grande com atraso, falhas técnicas e críticas à música atual

O grupo Raça Negra fez sua estreia no São João de Campina Grande na noite dessa quinta-feira (3), em uma apresentação marcada por atrasos, falhas técnicas, a invasão de um fã no palco e declarações polêmicas do vocalista Luiz Carlos.

O show, um dos mais aguardados da edição 2025 do evento, começou com 40 minutos de atraso. De acordo com Luiz Carlos, o motivo foi a logística de viagem entre o Acre e a Paraíba, que comprometeu o cronograma da banda.

Logo no início da apresentação, houve problemas no microfone do vocalista, que ficou praticamente inaudível nas duas primeiras músicas: “É Tarde Demais” e “Sozinho”. A plateia, animada, assumiu os vocais enquanto o som era ajustado. No encerramento do show, o problema voltou a se repetir, encerrando a noite com mais falhas técnicas.

Um momento inusitado aconteceu quando um fã invadiu o palco durante a segunda execução da música “É Tarde Demais”. Ele pulou a grade de proteção e tentou entregar um colar de presente ao vocalista. Apesar da ação dos seguranças, Luiz Carlos acolheu o fã com um abraço, aceitou o presente e ainda permitiu que ele cantasse um trecho da música antes de ser retirado do palco.

Após o show, o vocalista Luiz Carlos aproveitou para fazer críticas contundentes aos novos fenômenos da música popular brasileira. Segundo ele, muitos artistas atuais usam palavras de baixo calão e desrespeitam o público.

“Estão aqui só para atrapalhar, e quem contrata é pior do que eles, porque sabe que [o artista] vai falar palavrão. Isso é voo de galinha, não voa muito alto não”, disparou Luiz Carlos.

Ele também destacou que o forró tradicional, apesar de sensual, preserva o respeito nas letras, diferente do que vê em outros estilos atualmente.

“Hoje não existe respeito. Eles deformam nossas crianças, falam besteira… a gente fica triste, porque a música popular brasileira merece muito mais que isso.”