A professora aposentada acusada de ter mantido uma mulher em condições análogas à escravidão durante 39 anos morreu nessa terça-feira (8).
A acusada trabalhou na Universidade Estadual da Paraíba e sofreu um infarto e faleceu uma semana após a repercussão do caso.
O velório e o sepultamento foram realizados nesta quarta (9), no Campo Santo Parque da Paz, em Campina Grande.
A vítima foi resgatada após uma denúncia anônima feita por moradores do bairro e segundo a polícia, ela trabalhava na casa desde os 18 anos de idade, onde na ocasião foi retirada da cidade onde morava, em Cuité, e passou a ter uma rotina de trabalho que iniciava às 7h e se estendia até meia-noite. Os patrões adotaram cerca de 100 cães e a mulher que tomava conta dos animais.
Devido ao trabalho intenso e contato com produtos de limpeza, a vítima acabou desenvolvdo uma doença nas mãos, conforme apurou o Notícia Paraíba.
Apesar de receber salário mensal, a funcionária nunca teve direito ao descanso de 30 dias e não usufruía de descanso semanal remunerado. Além disso, a mulher nunca foi autorizada a ficar afastada por mais de quatro dias das atividades.
Ainda de acordo com a auditora, a mulher vivia um processo de coação psicológica que a levava a aceitar as condições indignas de trabalho com afirmações de que ela teria responsabilidades com os idosos por ser uma pessoa considerada da família.
A trabalhadora foi levada para a casa de familiares em Cuité e o empregador foi notificado e deverá pagar pelos direitos da vítima, como as verbas indenizatórias.
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