A trajetória de Pinto do Acordeon vai virar história em quadrinhos pelas mãos do desenhista patoense Aurélio Filho.
Pinto do Acordeon morreu aos 72 anos de idade, no dia 21 de julho de 2020, vítima de um câncer. Nascido em conceição, mas radicado em Patos, Francisco Ferreira Lima, conquistou espaço nos palcos e na música brasileira e se tornou um dos grandes nomes do forró, baião, xaxado e do xote.
Aurélio contou que a ideia de eternizar a história de Pinto através dos quadrinhos, surgiu após a homenagem feita por ele ao artista Jackson do Pandeiro, criada em 2019, durante as comemorações do centenário do cantor.
O trabalho começou a ser desenvolvido em 2020 e o desenhista descreve como uma mini biografia do artista. “O traço é meu e o roteiro foi criado pelo historiador Damião Lucena, que destacou pontos importantes da trajetória de Pinto do Acordeon para abordarmos na história”, explicou. A arte final e a colorização da capa é do colorista John Castelhano, que reside em São Paulo.
Aurélio lamentou a falta de apoio e de incentivo à cultura regional por parte da prefeitura de Patos e que disse que mesmo sem nenhum suporte da Fundação Cultural de Patos (Fundap), concretizou o projeto. “É muito difícil ser artista em Patos. Temos entidades aqui que deveriam fomentar a cultura na cidade, mas a falta de apoio por parte da Fundap acaba dificultando as coisas. Mas mesmo assim, segui em frente e lutei pelos meus objetivos e continuo promovendo cultura, principalmente através dos meus quadrinhos”, concluiu.
O autor pretende fazer o lançamento da obra em uma exposição que será intitulada de “Dois Nordestinos do Ritmos”, unindo as duas biografias criadas por ele. “Logo que a pandemia passar, pretendo lançar os dois trabalhos e deixar registrada a história desses dois grandes artistas”, concluiu.
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