Quem assistiu ao jogo dessa quarta-feira e o do último sábado, ambos contra a mesma Caldense, certamente ficou mais satisfeito com o desempenho do primeiro encontro. Mais triangulações, mais envolvimento. Convenhamos, o Atlético-MG que venceu por 2 a 0 e colocou um pé (e meio) na final do Campeonato Mineiro não fez lá uma atuação das mais inspiradas. Mesmo assim, venceu. E sobrou. E poderia ter goleado. Prova de que há um abismo técnico entre os rivais.
Diferentemente da forma acuada com a qual jogou no último fim de semana, desta vez a Caldense conseguiu incomodar um pouco mais no início do jogo. Méritos próprios, claro, e também demérito do Atlético, que jogava de forma mais lenta e cadenciada - muito por conta de uma atuação apagada de Nacho Fernández, o "cérebro" do time.
Mas mesmo no ritmo lento, o Galo era superior. Dominava, tinha a posse de bola, só não conseguia abafar o rival. E mesmo no cenário momentâneo de resistência da Caldense, o gol parecia questão de tempo. Ainda mais quando se tem em campo um jogador como Hulk. E ainda mais quando a sorte, que por tantos anos desdenhou do atleticano, não parece mais querer parar de sorrir.
Hulk agora é o maior artilheiro do novo Mineirão
Foto: Pedro Souza / Atlético
O passe de Réver para Hulk seria errado, mas foi desviado na direção do atacante. Se ele domina como gostaria, atrasaria a jogada. Acabou sobrando nos pés de Ademir, frente a frente com Renan Rinaldi. O atacante tentou o chute, mas, desequilibrado, facilitou a defesa do goleiro. Rebote onde? Nos pés do artilheiro, que ainda contou com uma ajudinha da trave antes de sorrir para as redes.
Lance com sorte e uma pitada de polêmica. A Caldense reclamou de impedimento no lance, que teria de ser assinalado no caso de toque na bola de Hulk antes de sobrar para Ademir. O VAR analisou o lance e não constatou o desvio do camisa 7. Gol validado.
VAR que voltaria a aparecer poucos minutos depois, quando Jonathan Costa derrubou Hulk dentro da área. Nova polêmica. O árbitro André Luiz Sketino foi ao monitor de vídeo e assinalou a penalidade. Super-herói na bola: gol do Galo.
Gol com sabor especial. Foi o 32º de Hulk no Mineirão, em apenas 24 jogos no estádio. Artilheiro isolado do principal templo do futebol mineiro desde a reinauguração pós-reforma para a Copa do Mundo, em 2013. O segundo tempo foi de um jogo mais morno, e deu a lógica: o time que dominou o Brasil em 2021 está com um pé e meio em sua 16ª final seguida de Campeonato Mineiro.
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